A titular e o substituto do cartório de Timbiras, Léa Nunes de Melo e Alvim e Luís Antônio Nunes de Melo e Alvim (mãe e filho), foram afastados de suas funções, na manhã desta quarta-feira, 28, por determinação do corregedor-geral da Justiça, desembargador Antonio Guerreiro Júnior. Os dois irão responder a processo administrativo para apurar responsabilidades.
A decisão foi fundamentada em diligência da Polícia Federal na serventia extrajudicial (ontem, terça), quando foram detectados e apreendidos cerca de 1.400 documentos fraudados – a maioria registros de nascimento – e em notícias sobre a operação da PF divulgadas pela imprensa.
Guerreiro Júnior viu a operação pela tevê e disse ter ficado perplexo com noticiário e imagens. “A parceria da Corregedoria com a Polícia Federal e o INSS vai continuar, bem como as investigações”, disse.
A falcatrua no cartório de Timbiras teria dois objetivos: lesar o INSS e afiançar crime eleitoral. A polícia suspeita que pessoas que nunca existiram “movimentavam” os esquemas das falsas aposentadorias e da emissão de títulos.
Nos livros submetidos à perícia foram encontrados, entre outras irregularidades, registros e número de páginas adulterados, enxertos de páginas e caligrafia divergente. Diante das evidências, os servidores do cartório de Timbiras estão sob suspeição. O município fica a 309 km de São Luís, próximo a Codó.
Em solicitação de providências, simultaneamente ao afastamento, Guerreiro Júnior requereu os documentos apreendidos pela Polícia Federal, por empréstimo, e “para embasar a apuração imediata do ocorrido por esta casa correcional”.
Em razão da relevância do serviço para Timbiras, o corregedor designou substituto concursado para o cumprimento das funções. O registrador foi nomeado em caráter temporário.
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Coisas que acontecem num certo país infeliz.
Há 3 semanas
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