quinta-feira, 29 de julho de 2010

Polícia conclui inquérito e indicia goleiro Bruno

O goleiro Bruno e mais oito foram indiciados por sequestro, morte e outros crimes.

SÃO PAULO - A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, no fim da tarde desta quinta-feira (29), o inquérito sobre o desaparecimento de Eliza Samudio. Segundo nota publicada pela assessoria de imprensa da corporação, o inquérito tem oito volumes, com cerca de 1.600 páginas e três anexos. O documento deverá ser encaminhado à Justiça na sexta-feira (30).
O goleiro Bruno de Souza foi indiciado por homicídio, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores. De acordo com a polícia, devem responder pelos mesmos crimes Luiz Henrique Ferreira Romão (conhecido como Macarrão), Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, Dayane Souza (mulher de Bruno), Elenilson Vitor da Silva, Sérgio Rosa Sales (primo do atleta) e Fernanda Gomes de Castro (amante do goleiro).
A polícia disse que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola e Paulista, foi indiciado por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.
Dos nove indiciados, Fernanda é a única que está em liberdade. Todos os outros estão presos na Região Metropolitana de Belo Horizonte e negam o crime.
Na semana passada, Fernanda admitiu que viajou com Bruno do Rio de Janeiro até Minas Gerais, na época em que Eliza desapareceu. Ela disse que Macarrão, amigo do goleiro, acompanhou o casal. Mas afirmou que não teve contato com Eliza.
Questionário
Mais cedo, nesta quinta-feira, os oito suspeitos presos foram levados ao Departamento de Investigações (DI), em Belo Horizonte.
Dayanne foi a primeira a chegar. Pouco depois, outros nove carros pararam na delegacia. Eles transportavam seis suspeitos que estão presos no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, incluindo o atleta. Todos vestiam os uniformes da unidade prisional. Sales, que está preso no Ceresp, também foi levado ao DI.
O delegado Edson Moreira disse que os suspeitos seriam "identificados criminalmente".
A assessoria da polícia informou que a identificação criminal é um procedimento realizado normalmente quando o inquérito vai ser encerrado. Os investigadores teriam registrado fotografias e as impressões digitais dos suspeitos.
Mas a advogada Cintia Ribeiro, representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) que acompanha o caso, estranhou a iniciativa. "Não existe indiciamento, então não existiria necessidade de colher essa prova", disse ela.
Depois da confusão, a polícia disse que os suspeitos responderam a um questionário sobre a vida pregressa, com informações pessoais e sociais, como local de trabalho, renda e doenças crônicas.
Os oito presos ficaram na delegacia durante seis horas. Na saída, o goleiro Bruno apareceu de visual novo. Ele teve o cabelo cortado dentro do presídio.
Entenda o caso
Nascida em Foz do Iguaçu (PR), Eliza Samudio se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno.
A jovem falou pela última vez com parentes e amigas no início de junho.
O corpo de Eliza não foi encontrado. Mas os delegados consideram a jovem morta.
G1

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